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sábado, 28 de dezembro de 2013

Ao meu filho, ao teu filho, aos filhos de nossos filhos




Digo a Ícaro Odin:
filho, 
é na poesia que matamos a morte
Ele me ouve?
Se me ouvir, 
rasgará o chão 
de todas as paranoias 
e reinventará o seu andar pelo planeta;
na certa, terá os olhos de John Lennon, 
os dedos e o coração 
de Jimi Hendrix para destruir 
o anacrônico muro,
o velho ódio 
que dá origem a todas as guerras

Mas nesse tempo
em que os filhos não ouvem 
mais os pais,
é um emaranhado dizer algo,
ao meu filho, ao teu filho,
aos filhos de nossos filhos

Resta o imensurável vulcão
da alta criatividade
repleto de seivas e nécteres
para que eles,
nossos filhos, se banharem

( edu planchêz )

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