Digo a Ícaro Odin:
filho,
é na poesia que matamos a morte
Ele me ouve?
Se me ouvir,
rasgará o chão
de todas as paranoias
e reinventará o seu andar pelo planeta;
na certa, terá os olhos de John Lennon,
os dedos e o coração
de Jimi Hendrix para destruir
o anacrônico muro,
o velho ódio
que dá origem a todas as guerras
Mas nesse tempo
em que os filhos não ouvem
mais os pais,
é um emaranhado dizer algo,
ao meu filho, ao teu filho,
aos filhos de nossos filhos
Resta o imensurável vulcão
da alta criatividade
repleto de seivas e nécteres
para que eles,
nossos filhos, se banharem
( edu planchêz )
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