Total de visualizações de página

sábado, 21 de dezembro de 2013

O cinema que inventamos com os pés


A lua pratinada de Marrocos,
é a lua mais que nada do Rio de Janeiro
que carrega em sua cela,
as marcas amarelas,
as muitas pratas,
a certeza que lutar contra
a correnteza de um rio é uma luta perdida

Não existe nada por aqui,
penhasco da morte,
ou morte no rio,
penhasco da morte,
ou morte no rio...

Morte no rio,
entre as pedras e o trem de pura água,
entre o capim mimoso
e os narizes do chão

Longas e curtas visagens
do que é o morrer,
arrancar o olho vendado
e as inúteis medalhas

Penhasco da morte,
as praias que ocultas,
os móveis do pretérito
mais que perfeito
expostos na sala,
a minha saia, a tua saia,
o cinema que inventamos
com os pés

  ( edu planchêz
)

Nenhum comentário:

Postar um comentário