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sábado, 9 de novembro de 2013
Por morar na chuva
Em nove de novembro do vigente ano,
me engano achando que tenho um amor,
que tenho amores...
e chove forte nos alto-falantes
e no tempo que ainda não vivi,
no tempo que estou vivendo,
dentro dos raios dos pássaros
que cantam envolvidos pela chuva
Estou envolvido pela chuva,
pelas âncoras
trazidas pela águas celestiais;
chove dentro e fora de mim,
chove nos clarões do instante,
e eu vou do nada ao nada,
das folhas desprendidas,
aos vales do muito distante
Tardia é essa chuva?
A resposta é outra:
chegará antes por motivos orgânicos
que só a a terra compreende,
que só o calor opaco
das madeiras sabe guardar
Me multiplico em ilhas,
em crostas, em monolitos,
em correstes siderais,
por morar na chuva,
por ter e ser a chuva
( edu planchêz )
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